Exposição CoMCiência

CRISTAIS DO TEMPO

CURADORIA

Cristais do tempo: emergências nas fissuras do presente

Viver em 2020 é sentir-se parte de um momento singular de nossa existência no planeta. Nossas narrativas e memórias coletivas são assim construídas, entre macro e micro movimentos históricos.

Iniciamos em junho deste mesmo ano a 2ª edição da Exposição CoMciência, indagando aos artistas, cientistas e pesquisadores, frente à visão de um futuro indefinido e talvez ameaçado, de nossa convivência conjunta nesse enorme ecossistema global, que pudessem nos trazer reflexões e experiências sobre o que seria um ‘presente propositivo’. Suscitamos que arte, ciência e tecnologia, ao agirem de forma integrada, poderiam encontrar uma saída de um limbo global frente à urgência do “agora”.

‘Cristais do Tempo’, como definimos o tema desta edição da exposição CoMciência é um termo da física teórica proposto pelo físico americano Frank Wilczek, que levou nos últimos anos, vários laboratórios de pesquisa a uma busca por comprovar a existência de estruturas atômicas cujas características cristalinas, como a quebra de simetria, acontecem no tempo e não no espaço. Uma espécie de ‘congelamento do tempo” e seu “fatiamento’.

Em uma apropriação simbólica, vimos surgir dos mais distintos lugares proposições artísticas como verdadeiros ‘Cristais do Tempo,’ reorganizando as condições elementares da vida em meio às instabilidades do presente. E a resposta à nossa pergunta proposta aos artistas, cientistas e pesquisadores está no formato de nove diferentes perspectivas trazidas pelas obras apresentadas nesta edição.

A potência da experiência dessas obras deve ser encarada como uma urgência. O encontro com os trabalhos de Bruno Alencastro, Claudia Robles-Angel, Felipe Carreli, Guto Nóbrega, Louise Braddock Clarke, Luciana Ohira e Sérgio Bonilha, Maro Pebo, Penelope Cain e Roberto Santiaguida, é uma convocação ao equilíbrio entre nós e o nosso mundo.

Neste exato instante, enquanto pássaros fogem de queimadas e árvores procuram o que restou de umidade, famílias cruzam desertos, olhares se cruzam entre uma batida e outra do coração em uma busca por um tipo de sincronismo causal.

Vidas confinadas convivem com imagens invertidas do mundo, ao mesmo tempo em que emerge desse lugar particular a capacidade  de narrar a história do universo com o que se tem em mãos. Seres humanos e vegetais ensaiam um diálogo, uma conexão em comum com a biodiversidade , enquanto memórias de séculos de desenvolvimento econômico são descobertos em geleiras tropicais, expondo as ruínas do mundo natural que deixa de existir em forma de degelo.

E nossa relação é bastante íntima com sistemas quase invisíveis, como na produção microbiana e ancestral que nos separa entre a capacidade de gerar vida e deixar de existir. A natureza se reorienta perante o eletromagnetismo e o ruído, despertando em nós a capacidade de construir futuros ou produzir presentes descontinuados.

Neste momento de suspensão, reflexivo e com rotinas alteradas, um “mundo que parou” – ao menos na perspectiva das ações e intenções humanas – trazemos a público um novo capítulo.  A exposição de arte, ciência e tecnologia CoMciência convida você a viver um ‘Cristal do Tempo’ na experiência de um formato híbrido, com obras acessíveis em um ambiente virtual e compartilhando um espaço e um tempo por meio das obras presenciais em exibição.

Curadores
Alexandre Milagres
Tadeus Mucelli

OBRAS

Sejam bem-vindos à exposiçãao CoMciência – Cristais do Tempo. Em 2020, a ocupação dos espaços expositivos do MM Gerdau com arte, ciência e tecnologia teve como tema proposto aos artistas “Cristais do tempo: emergências nas fissuras do presente”. A definição de um futuro a partir de um presente demasiadamente complexo nos leva a refletir que é necessário pensar um presente mais propositivo, reconstruindo nossa proposta de humanidade e coletividade, sendo a arte e a tecnologia meios legítimos para isso. As obras selecionadas inspiram e refletem o momento que vivemos, modificam nossa relação com o tempo presente, mudam nossa percepção com os outros, com o planeta, com o visível e o invisível, e, sobretudo, com as memórias que construímos e compartilhamos. Ao todo, a exposição CoMciência – Cristais do Tempo conta com nove obras. No MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, é possível ter a experiência presencial de três obras: Reflexion: In Sync / Out of Sync, da colombiana Claudia Robles-Angel, Vegetal Reality Shelter (VRS), do brasileiro Guto Nóbrega, e Emancipacíon Microbiana, da mexicana Maro Pebo.

Já no ambiente virtual wwwprogramacomciencia.org.br, o público poderá visitar mais seis obras que compõem a exposição, sendo elas: Estrelas no Deserto, de Felipe Carrelli, obs-cu-ra, de Bruno Alencastro, O Ceú na Terra, de Luciana Ohira e Sérgio Bonilha, todos artistas brasileiros, Untangling Noises of Matter, do holandês Louise Braddock Clarke, Silver Tree: the sounds of wind through the crystalline forest; Saturn’s Breath; e Think Like a Mountain, da australiana Penelope Cain, e The universe according to Dan Buckley, do canadense Roberto Santiaguida. O ambiente virtual também é acessível. Boa visita!

VRS - Vegetal Reality Shelter

Sobre a Obra

Vegetal Reality Shelter (VRS) é um sistema imersivo criado com base em sons e imagens da natureza e na interação com plantas. Este trabalho é fruto de uma vivência na Floresta Amazônica organizada pelo LABVERDE, ocorrida durante os 10 dias do programa de residência artística na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Trata-se de um pequeno domo imersivo (abrigo) com base na geometria de guarda-chuvas. Contém um pequeno sistema hidropônico com plantas, seis canais de áudio e projetor de vídeo, combinado ao espelho esférico para projeção em domo. No interior desse abrigo, plantas são monitoradas quanto à resposta galvânica de suas folhas, que se altera segundo a respiração do visitante quando este entra no espaço e interage com o sistema. Os dados monitorados nas plantas são utilizados para modificar a paisagem sonora e imagens da floresta em formato espelhado. A ideia desse “abrigo de realidade vegetal” é criar um sistema que permita ao visitante uma experiência virtual da natureza a partir de imagens e sons. Algo que remetesse à dimensão da floresta e o efeito que ela exerce sobre nós quando a adentramos. Contudo, trata-se também de um diálogo mediado pelo contato direto com uma planta, posto que esta é o principal mediador desta experiência, que ocorre a partir da presença do visitante dentro do domo e o ato de sua respiração.

Autor - Guto Nóbrega
Guto Nóbrega
Origem: Brasil

Sobre o Autor

Carlos Augusto Moreira da Nóbrega (Guto Nóbrega) é Pós-Doutor pela UnB, linha Arte e Tecnologia do PPGAV/UnB (2019), é Doutor (2009) em Interactive Arts pelo Programa de Pós-Graduação Planetary Collegium, University of Plymouth, UK, onde desenvolveu pesquisa sob orientação do Prof. Roy Ascott. É artista, pesquisador, Mestre em Comunicação, Tecnologia e Estética pela ECO-UFRJ (2003) e Bacharel em gravura pela EBA/UFRJ (1998). É professor associado da EBA/UFRJ, onde leciona desde 1995 e professor permanente do PPGAV/UnB (2018 – atual). Fundou e atua como um dos coordenadores do NANO – Núcleo de Arte e Novos Organismos, espaço de pesquisa para investigação e criação artística. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais / EBA/UFRJ (2015-2017) e, atualmente, atua como representante da linha Poéticas Interdisciplinares no mesmo programa. Desde 2019, é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2.

Carlos Augusto Moreira da Nóbrega (Guto Nóbrega) tiene postdoctorado obtenido en la UnB, en el área de Arte y Tecnología del Programa de Postgrado en Artes Visuales (PPGAV/UnB, 2019). Su doctorado (2009) es en Artes Interactivas por el programa de postgrado Planetary Collegium, Universidad de Plymouth, UK, donde desarrolló investigación bajo orientación del Profesor Roy Ascott. Es un artista, investigador, maestro en Comunicación, Tecnología y Estética por la ECO-UFRJ (2003) y graduado en Arte Impresa por la EBA/UFRJ (1998). Es profesor asociado de la EBA/UFRJ, donde enseña desde 1995, y profesor permanente del PPGAV/UnB (2018 – presente). Fundó y actúa como un de los coordinadores del NANO – Núcleo de Arte y Nuevos Organismos, espacio para investigación y creación artística. Fue coordinador del Programa de Postgrado en Artes Visuales/EBA/UFRJ (2015-2017) y, actualmente, actúa como representante de la línea “Poéticas Interdisciplinares” en el mismo programa. Desde 2019, es Becario de Productividad en Investigación del CNPq – Nivel 2.

Carlos Augusto Moreira da Nóbrega (Guto Nóbrega) has a Post-Doctorate from the University of Brasilia (UnB), in the subject area of Art and Technology (Visual Arts Graduate Program – PGAV/UnB, 2019), a PhD (2009) in Interactive Arts from the Planetary Collegium Graduate Program, University of Plymouth, UK, where he developed his research, having Professor Roy Ascott as his advisor. He is an artist, researcher, M. A. in Communication, Technology and Aesthetics from ECO-UFRJ (2003) and B. A. in Art Print from EBA/UFRJ (1998). He is an associate professor at the School of Fine Arts of the Federal University of Rio de Janeiro (EBA/UFRJ), where he has been teaching since 1995, and a permanent professor of the Visual Arts Graduate Program (PPGAV/UnB, 2018 – present). He founded and is one of the coordinators of NANO – Art and New Organisms Nucleus, a space for research and artistic creation. He was the coordinator of the Visual Arts Graduate Program/EBA/UFRJ (2015-2017) and, in the present, works as representative of the Multidisciplinary Poetry research line under the same program. Since 2019, he is a CNPq research fellow, Level 2.

Parcerias: Pedro Santos (Algoritmo), Augustine Leudar – UK (Paisagem sonora e design de interação), Thiers Freire da Nóbrega (Modelagem e impressão 3D), Patrícia Freire (Plantas), Camila Leite (Edição de Vídeo), NANO – Núcleo de Arte e Novos Organismos (Suporte Técnico) e CNPq.

Asociaciones: Pedro Santos (Algoritmo), Augustine Leudar – Reino Unido (Diseño de interacción y paisaje sonoro), Thiers Freire da Nóbrega (Modelado e impresión 3D), Patrícia Freire (Plantas), Camila Leite (Edición de video) y NANO – Núcleo de Arte y Nuevos Organismos (Soporte Técnico).

Partnerships: Pedro Santos (Algorithm), Augustine Leudar – UK (Soundscape and interaction design), Thiers Freire da Nóbrega (3D modeling and printing), Patrícia Freire (Plants), Camila Leite (Video editing) and NANO – Nucleus of Art and New Organisms (Technical Support).

Untangling Noises of Matter

Sobre a Obra

“Untangling Noises of Matter” é um documentário que entra no plano de um depósito de minério de ferro, onde uma geo-ferramenta projetada mapeia a paisagem artificial. Os dados magnéticos armazenados em tempo profundo são interrompidos pela escavação, extração e realocação de metais, que calibram novas coordenadas eletromagnéticas. Louise Braddock desenvolveu uma ferramenta para tornar os campos invisíveis audíveis. O filme mostra o território vivo de minério de ferro se movendo além de suas partículas físicas, em uma cacofonia de ruído e informação. Isso orienta o observador no espectro perceptivo de pássaros, que possuem sensibilidades para sintonizar essas frequências ecológicas, assim mudando suas navegações. Como um filme que documenta o movimento global do metal no planeta, do Brasil para o Holanda, as colaborações ocorreram dentro de empresas de metal privadas no Maasvlakte (Europort Rotterdam), Institutos de Ciências, Conservatórios e Museus de Minerais. Ouvindo e lendo as estruturas metálicas do nosso tempo, uma abertura ao passado, emergem filosofias presentes e futuras.

Louis Braddock Clarke
Louis Braddock Clarke
Origem: Países Baixos

Sobre o Autor

Louis Braddock Clarke trabalha como pesquisador e profissional criativo interpretando noções dos domínios da arte, geografia, física e filosofia. Através desta abordagem multidisciplinar, uma investigação experimental se desdobra mesclando teorias científicas e conceituais para materializar nos meios contemporâneos. A relação de Braddock Clarke com as artes geográficas está embutida em seus anos de formação em Cornwall, Reino Unido, onde ele foi cercado por charnecas, quoits de granito, isolinhas móveis, minas de estanho, etc. Estas energias da Terra tornaram-se fundamentais para seus métodos de pesquisa em curso relacionados com tecnologias e terrenos. Através da produção de geo-ferramentas que ele mesmo desenvolve, Braddock Clarke mede e registra superfícies antigas, atuais e futuras da Terra. O encontro de espectros de superfície e ferramentas tecnológicas são centrais para a prática artística de Louis Braddock Clarke. Seu trabalho foi mostrado em museus e galerias, bem como em sites locais específicos de armazéns, portos marítimos, topos de colinas e cinemas em todo o Reino Unido, Holanda e China.

Louis Braddock Clarke trabaja como investigador y profesional creativo interpretando nociones de los dominios del arte, geografía, física y filosofía. A través de este abordaje multidisciplinario, una investigación experimental se despliega, mesclando teorías científicas y conceptuales para materializarse en los medios contemporáneos. La relación de Braddock Clarke con las artes geográficas está incorporada en sus años de formación en Cornwall, Reino Unido, donde fue rodeado por páramos, quoits de granito, isolíneas muebles, minas de estaño etc. Estas energías de la Tierra se convirtieron en fundamentales para sus métodos de investigación en curso relacionados con tecnologías y terrenos. A través de la producción de geoherramientas que él propio desarrolla, Braddock Clarke mide y registra superficies antiguas, actuales y futuras de la Tierra. El encuentro de espectros de superficie y herramientas tecnológicas son centrales para la práctica artística de Louis Braddock Clarke. Su trabajo fue mostrado en museos y galerías, así como en sitios locales específicos de almacenes, puertos marítimos, topos de colinas y cinemas en todo el Reino Unido, Holanda y China.

Louis Braddock Clarke works as researcher and creative practitioner, interpreting notions from the domains of art, geography, physics and philosophy. Through this multidisciplinary approach, an experimental inquiry unfolds by mixing scientific and conceptual theories to materialize itself in contemporary mediums. Braddock Clarke’s relationship with the Geographical Arts in embedded in his formative years in Cornwall, UK, where he was surrounded by moorlands, granite quoits, shifting isolines, tin mines etc. These Earth energies have become paramount to his ongoing research methods relating to technologies and terrains. Through the creation of geo-tools developed by himself, Braddock Clarke measures and records past, present and future surfaces of the Earth. The meeting of surface spectra and technological tools plays a central role for Louis Braddock Clarke’s artistic practice. His work has been shown in museums and galleries, as well as specific local sites of warehouses, seaports, hilltops and movie theaters throughout the UK, Holland and China.

The universe according to Dan Buckley

Sobre a Obra

No começo não havia nada. Você pode conseguir nada facilmente. A obra é um filme narrado e escrito por Dan Buckley, que abre o véu sobre as origens e o futuro do universo. Ele investiga a desordem e o deleite que proliferam no meio; os mundos e ideias que se chocam uns contra os outros e, às vezes, colidem. Uma reflexão sobre a atribuição de sentido e o afastamento de preconceitos em queda livre.

Exposicao 2
Roberto Santiaguida
Origem: Canadá

Sobre o Autor

Desde que concluiu seus estudos em produção de filmes na Universidade Concordia de Montreal, os filmes de Roberto Santaguida foram exibidos em mais de 300 festivais internacionais. Ele participou de residências artísticas em vários países, incluindo Irã, Romênia, Alemanha, Noruega e Austrália. Roberto é o destinatário do K.M. Hunter Artist e bolsista da Akademie Schloss Solitude, na Alemanha.

Desde que concluyó sus estudios en producción de películas en la Universidad Concordia de Montreal, las películas de Roberto Santaguida fueran exhibidas en más de 300 festivales internacionales. Él participó de residencias artísticas en varios países, incluyendo Irán, Romania, Alemania, Noruega y Australia. Roberto recibió el premio K.M. Hunter Artist y es becario de la Akademie Schloss Solitude, en Alemania.

Since the conclusion of his studies in film production at Montreal Concordia University, Roberto Santaguida’s films have been exhibited in more than 300 international festivals. He undertook artistic residencies in various countries, including Iran, Romania, Germany, Norway and Australia. Roberto received the KM Hunter Artist Awards and a scholarship from Akademie Schloss Solitude, in Germany.

Silver Tree: the sounds of wind through the crystalline forest
Saturn’s Breath
Think Like a Mountain

Sobre as Obras

As obras de Penelope Cain são multimídia (escultura e vídeo) e resultam de um projeto de pesquisa sobre a história da mineração de prata, cunhada em dólares espanhóis de prata, que acabou sendo enviada para a Austrália na década de 1790 para ser a primeira moeda local da colônia australiana. Esses dólares coloniais espanhóis, feitos no México, com prata latino-americana, foram enviados da Índia para a Austrália para fazer uma moeda local e fiduciária.

A maior parte da prata usada nessas moedas foi extraída em Potosí, na Bolívia, onde estava localizada a maior mina de prata do mundo. A prata estava na forma de Galena – um cristal de prata, chumbo e zinco. À medida que a prata era extraída, pó de chumbo também era liberado. Esse chumbo, com uma impressão digital isotópica única, encontrado na galena de Potosí, também foi detectado em amostras de núcleos de gelo em Quelccaya, Peru, a maior massa de gelo tropical do mundo e um local de extensa pesquisa climática. Os núcleos de gelo são colunas verticais extraídas da massa de gelo. O gelo contém ar que foi preso pela neve, que foi comprimido com o passar dos anos. A atmosfera, a poeira e as impurezas contidas no ar ficaram presas no gelo. Portanto, a produção mineira e econômica das minas de Potosí, durante centenas de anos, pode ser mapeada graças aos níveis de chumbo detectados nessas colunas verticais de gelo de uma calota glacial remota, localizada a centenas de quilômetros de distância. Esta é a poesia da conectividade do mundo ao longo dos séculos, escrita na água e na poeira.

Na animação 3D, Sound of Wind Through the Crystalline Forest (Som do Vento Através da Floresta Cristalina) Cain reinventou o local de Potosí, na montanha Cerro Rico, Bolívia, pouco antes da descoberta da prata. Nesta paisagem imaginada, pode ter havido bosques de árvores queñua de grande altitude, balançando ao vento, e talvez a montanha sonhou com os cristais de Galena extraídos de seu futuro.
No vídeo Saturn’s Breath (Respiração de Saturno), homens da região local seguram bandeiras representando um cristal de galena ampliado na calota polar de Quelccaya, como uma ação de reconhecimento das conexões históricas em nível molecular entre esses dois locais.

O gelo glacial de Quelccaya está encolhendo com as mudanças climáticas e deverá ser totalmente perdido em 50 anos. Toda a história dessa prata e chumbo foi mapeada por Penelope Cain, em 2019, da Austrália ao Peru, e daí até a Dinamarca, onde os dados das amostras de gelo de Quelccaya foram analisados ​​em relação ao chumbo.
Em sua pesquisa, a artista contou com a ajuda de cientistas do clima e geólogos de cinco diferentes instituições ao redor do mundo, incluindo o Instituto Nacional de Pesquisa sobre Geleiras e Ecossistemas de Montanha, no Peru. Parte disso resultou em Think Like a Mountain (Pense como uma montanha), um trabalho 3D interativo que mapeia as margens da calota polar de Quelccaya entre 1980 até o presente e prevê seu tamanho até 2050, pouco antes de seu desaparecimento total. Conforme o CO2 atmosférico aumenta, a temperatura do ar nos Andes tropicais aumenta linearmente, resultando em menos neve caindo no topo da montanha, esgotando a calota polar.

Exposicao 3
Penelope Cain
Origem: Austrália

Sobre a Autora

Penelope Cain é uma artista interdisciplinar, trabalhando entre fotografia, vídeo e colagem. Ela está interessada em paisagem em sua definição mais ampla; em particular as paisagens colonizadas, extraídas e transformadas do Antropoceno. Com formação em pesquisa-ciência, ela trabalha interdisciplinarmente no interstício ciência-arte. Ela tem MFA (2016) e BVSc.

Penelope Cain es una artista interdisciplinar, que trabaja entre la fotografía, el video y el collage. Le interesa el paisaje en su definición más amplia; en particular los paisajes colonizados, extraídos y transformados del Antropoceno. Formada en ciencia-investigación, trabaja interdisciplinariamente en el intersticio ciencia-arte. Tiene MFA (2016) y BVSc.

Penelope Cain is an interdisciplinary artist, working between photography, video, and collage. She is interested in landscape in its broadest definition; in particular the colonised, extracted and transformed landscapes of the Anthropocene. With a research-science background, she works interdisciplinarily at the science-art interstitium. She has MFA (2016) and BVSc.

Parceiros: Feito com o auxílio de HAWAPI (Peru). Colaboração técnica dos Drs Yarlequé & Lovon Ramos, Instituto Nacional de Investigación en Glaciares y Ecosistemas de Montaña (Peru). Paisagem 3D gerada pelo Dr. Andrew Yip.

Patrocinadores / Socios: Realizado con la ayuda de HAWAPI (Perú). Colaboración técnica de los Dres. Yarlequé & Lovon Ramos, Instituto Nacional de Investigación en Glaciares y Ecosistemas de Montaña (Perú). Paisaje 3D generado por el Dr. Andrew Yip.

Sponsors/Partners: Made with the assistance of HAWAPI (Peru). Technical collaboration from Drs Yarlequé & Lovon Ramos, Instituto Nacional de Investigación en Glaciares y Ecosistemas de Montaña (Peru). 3D landscape generated by Dr Andrew Yip.

Reflexion: - In Sync/Out of Sync -

Sobre a Obra

A obra “Reflexion: In Sync / Out of Sync” é um convite ao público a sentir empatia pelo outro. Duas pessoas são convidadas a sentar-se frente à frente e, rodeadas por uma estrutura leve com fios eletroluminescentes e som em tempo real, têm sua frequência cardíaca medida por meio de sensores de pulso aplicados ao dedo de suas mãos.

Quando os dois participantes não compartilham a mesma frequência cardíaca, a instalação está fora de sincronia e o som fica dissonante. Já quando as frequências são sincronizadas, a instalação reage em estado “In-Sync”, com um som agradável e harmônico. O conceito principal da obra de Claudia Robles-Angel é baseado em pesquisas que mostram que nossos batimentos cardíacos podem ser sincronizados, aprofundando a percepção dos outros, na interação entre os indivíduos e seu impacto em suas respostas fisiológicas, baseados em conceitos do psicólogo Michael Richardson.

Exposicao 4
Claudia Robles-Angel
Origem: Colômbia / Alemanha

Sobre a Autora

Claudia Robles-Angel é uma artista audiovisual nascida em Bogotá, Colômbia, atualmente morando em Colônia, Alemanha, bastante atuante no mundo todo. Seu trabalho e pesquisa abrange diferentes aspectos da arte visual e sonora. Possui pós-graduação em Cinema e Animação (1992-1993) no CFP (Milão-Itália); M.F.A em (1993-1995) em École Supérieure d’Art Visuel / HEAD (Genebra- Suíça) e Arte Sonora e Composição Eletrônica na Universidade Folkwang Essen (Alemanha) com o Prof. Dirk Reith (2001-2004). Ela era artista residente na Alemanha, tanto no ZKM em Karlsruhe quanto no KHM, em Colônia. Seu trabalho é constantemente apresentado não apenas na mídia, festivais e conferências, mas também em exposições coletivas e individuais ao redor do mundo como, por exemplo, o ZKM Center em Karlsruhe; Enter3, em Praga, nas capitais europeias da cultura em Luxemburgo e na Roménia (2007), no KIBLA Multimedia Center em Maribor; no ICMC em Copenhagen, Montreal e Utrecht; no Skulpturenmuseum Glaskasten Marl, o SIGGRAPH Asia em Yokohama (2009), ESPACIO Fundación Telefónica em Buenos Aires, Festival de Música Eletroacústica de Nova York, a NIME Conference Oslo (2011), ISEA Istanbul, Manizales, Durban e Gwangju, no LEAP Space for media Art em Berlim, o Audio Festival de Arte da Cracóvia, Harvestworks Digital Arts Center de Nova York, no Nabta Art Center Cairo, Museu de Arte Contemporânea de Bogotá, em MADATAC Festival Madrid, IK Stichting em Vlissingen, ICST ZhdK Zurique, Festival de Arte Digital ADAF Atenas, Museu de Antioquia, Eletromuseu em Moscou e, mais recentemente, na estação Kunst Sankt Peter Cologne.

Claudia Robles-Angel es una artista audiovisual nacida en Bogotá, Colombia, actualmente residiendo en Colonia, Alemania, muy actuante en el mundo entero. Su trabajo e investigación cubren diferentes aspectos del arte visual y sonora. Tiene postgrado en Cinema y Animación (1992-1993) en el CFP (Milán-Italia); M.F.A (1993-1995) en la École Supérieure d’Art Visuel/HEAD (Ginebra, Suiza) y Arte Sonora y Composición Electrónica en la Universidad Folkwang Essen (Alemania) con el Profesor Dirk Reith (2001-2004). Ella era artista residente en Alemania, tanto en el ZKM, en Karlsruhe, cuanto en el KHM, en Colonia. Su trabajo es constantemente presentado no solo en los medios, festivales y conferencias, como también en exposiciones colectivas e individuales al rededor del mundo como, por ejemplo, el ZKM Center en Karlsruhe, el Enter3, en Praga, en las capitales europeas de la cultura en Luxemburgo y en la Romania (2007), el KIBLA Multimedia Center en Maribor, el ICMC en Copenhague, Montreal y Utrecht, el Skulpturenmuseum Glaskasten Marl, el SIGGRAPH Asia, en Yokohama (2009), el ESPACIO Fundación Telefónica, en Buenos Aires, el Festival de Música Electroacústica de Nueva York, la NIME Conference Oslo (2011), el ISEA Istanbul, Manizales, Durban y Gwangju, el LEAP Space for media Art en Berlin, el Audio Festival de Arte de Cracovia, el Harvestworks Digital Arts Center de Nueva York, el Nabta Art Center Cairo, el Museo de Arte Contemporanea de Bogotá, el MADATAC Festival de Madrid, el IK Stichting, en Vlissingen, el ICST ZhdK de Zurich, el Festival de Arte Digital ADAF, de Atenas, el Museo de Antioquia, el Electromuseo de Moscú y, más recientemente, la estación Kunst Sankt Peter, en Colonia.

Claudia Robles-Angel is an audiovisual artist born in Bogota, Colombia, living in Cologne, Germany, and very prolific throughout the world. Her work and research include different aspects of visual and sound art. Her graduate studies were on Cinema and Animation (1992-1993) at CFP (Milan, Italy); M.F.A (1993-1995) at the École Supérieure d’Art Visuel/HEAD (Geneva, Switzerland) and Sound Art and Electronic Composition at Folkwang University of the Arts (Essen, Germany) with Professor Dirk Reith (2001-2004). She was a resident artist in Germany, both at ZKM, in Karlsruhe, and at KHM, in Cologne. Her work is often presented, not only in the mass media, festivals and conferences, but also in collective and individual exhibits around the world, such as: ZKM Center, in Karlsruhe; Enter3, in Prague; in the European capitals of culture in Luxemburg and Romania (2007); KIBLA Multimedia Center, in Maribor; ICMC, in Kopenhagen, Montreal and Utrecht; Skulpturenmuseum Glaskasten Marl; SIGGRAPH Asia, in Yokohama (2009); ESPACIO Fundación Telefónica, in Buenos Aires; Electroacoustic Music Festival, in New York; NIME Conference, Oslo (2011); ISEA, in Istanbul, Manizales, Durban and Gwangju; LEAP Space for Media Art, in Berlin; Art Audio Festival, in Cracow; Harvestworks Digital Arts Center, in New York; Nabta Art Center, Cairo; Museum of Contemporary Art, in Bogota; MADATAC Festival, Madrid; IK Stichting, in Vlissingen; ICST ZhdK, iin Zurich; ADAF – Athens Digital Art Festival, in Athens; Museum of Antioch; Electromuseum, in Moscow, and more recently, Kunst Sankt Peter Station, in Cologne.

Parcerias: Tecnosys (Macbook), ZBM Som & Luz (Interface de áudio) e Escola de Música da UFMG (suporte técnico).

Asociaciones: Tecnosys (Macbook), ZBM Som & Luz (interfaz de audio) y UFMG Music School (soporte técnico).

Partnerships: Tecnosys (Macbook), ZBM Som & Luz (audio interface) and UFMG Music School (technical support).

obs-cu-ra

Sobre a Obra

obs-cu-ra é uma série de fotografias concebida pelo fotógrafo Bruno Alencastro, inicialmente, da janela do 4º andar do apartamento onde vive no bairro Copacabana, no Rio de Janeiro. De lá, a ideia de um ensaio fotográfico passou para as residências de mais 12 fotógrafos(as) brasileiros(as), também em isolamento social e dirigidos por Alencastro, que aceitaram transformar suas casas em câmeras obscuras de grande formato e capturaram a vida em tempos de pandemia. Cada qual com a sua singularidade. Conquistas e perdas. Anseios e privilégios. Medos e esperanças! Um lugar que passa a ser ressignificado por diferentes artistas contemporâneos ao redor do mundo em tempos de Covid-19. Nos dias de hoje, a janela passa a representar a fronteira e o abismo entre o mundo exterior e o interior. A liberdade e o confinamento. O resultado é um ensaio fotográfico caracterizado por uma atmosfera sombria e enigmática, tal como o indecifrável futuro, que ninguém sabe ao certo como será. Até lá, o contato com o mundo exterior segue acontecendo através dessa moldura limitada do real, a representação de uma vida em mutação. Um presente que nos faz pensar sobre o passado em busca de respostas para quando tudo isso passar.

Exposicao 5
Bruno Alencastro
Origem: Brasil

Sobre o Autor

Bruno Alencastro é especialista em narrativas visuais com experiência em fotografia, vídeo e produção de conteúdo digital. Mestre em Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, autor da dissertação “Das ruas para as redes: usos, apropriações e práticas cidadãs desenvolvidas pelos fotógrafos populares da Favela da Maré”. Professor nas graduações de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design e Fotografia da Unisinos, entre 2014 e 2018. Em 2018, concluiu a especialização Fotojornalismo e Fotografia Social no Centro de Fotografía y Medios Documentales de Barcelona – CFD BARCELONA. De 2010 a 2018, foi repórter fotográfico nos jornais Sul 21, Correio do Povo e Zero Hora, onde também exerceu o cargo de Editor de Fotografia.

Bruno Alencastro es especialista en narrativas visuales con experiencia en fotografía, video y producción de contenido digital. Maestro en Comunicación por la Universidad de Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, autor de la disertación “De las calles hacia las redes: usos, apropiaciones y prácticas ciudadanas desarrolladas por los fotógrafos populares de Favela da Maré”. Profesor en los cursos de graduación en Periodismo, Publicidad y Propaganda, Diseño y Fotografía de la Unisinos, entre 2014 y 2018. En 2018, concluyó su especialización en Fotoperiodismo y Fotografía Social en el Centro de Fotografía y Medios Documentales de Barcelona – CFD BARCELONA. De 2010 a 2018, fue reportero fotográfico en los periódicos Sul 21, Correio do Povo y Zero Hora, donde también ocupó el puesto de Editor de Fotografía.

Bruno Alencastro is specialized in visual narratives and experienced in photography, video and
creation of digital content. He has a Master’s in Communication from the University of Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, with the work “From the streets to the networks: uses, appropriations and citizenship practices developed by popular photographers at Favela da Maré”. Alencastro worked as undegraduate professor in Journalism, Advertising & Propaganda, Design and Photography at Unisinos, from 2014 to 2018. In 2018, he specialized in Photojournalism and Social Photography at the Centro de Fotografía y Medios Documentales, in Barcelona – CFD BARCELONA. From 2010 to 2018, he worked as photography reporter for the newspapers Sul 21, Correio do Povo and Zero Hora, where he also held the position of Photo Editor.

Parcerias: BRUNO ALENCASTRO, BEATRIZ GRIECO, CAROLINE MULLER, EDUARDO SEIDL, EVELINE MEDEIROS, FELIPE MARTINI, GUILHERME SANTOS, JOSUE BRAUN, LEONARDO SAVARIS, PEDRO ROCHA, RICARDO WOLFFENBUTEL, RODRIGO BLUM, e URSULA JAHN.

Asociaciones: BRUNO ALENCASTRO, BEATRIZ GRIECO, CAROLINE MULLER, EDUARDO SEIDL, EVELINE MEDEIROS, FELIPE MARTINI, GUILHERME SANTOS, JOSUE BRAUN, LEONARDO SAVARIS, PEDRO ROCHA, RICARDO WOLFFENBUTEL, RODRIGO BLUM y URSULA JAHN.

Partnerships: BRUNO ALENCASTRO, BEATRIZ GRIECO, CAROLINE MULLER, EDUARDO SEIDL, EVELINE MEDEIROS, FELIPE MARTINI, GUILHERME SANTOS, JOSUE BRAUN, LEONARDO SAVARIS, PEDRO ROCHA, RICARDO WOLFFENBUTEL, RODRIGO BLUM and URSULA JAHN.

 

O Céu na Terra

Sobre a Obra

“O Ceú na Terra” é uma instalação que utiliza dispositivos do cotidiano (mobiliário urbano, redes telemáticas e sistemas de vigilância) para construir pequenas áreas de descanso, dedicadas à observação de aves. A obra combina camadas físicas e virtuais, acontecendo simultaneamente em ambas. A instalação física está no campus da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMS), em Campo Grande. Fisicamente, constitui-se de um alimentador para pássaros equipado com um sistema de vídeo-vigilância, e, virtualmente, oferece uma interface de visualização das imagens obtidas pelo referido sistema. No ambiente virtual, será possível ver uma versão 3D da estrutura física da obra, porém as imagens serão geradas pela estrutura que está em Campo Grande. Assim, é possível observar pássaros silvestres, em vez de guardar a propriedade. Considerando o conceito de ‘commons’ (comum), abordado por Michael Hardt em “O Comum no Comunismo”, as aves silvestres são um claro exemplo de comum. Sendo assim, “O Ceú na Terra” propõe o questionamento de dinâmicas sociais estabelecidas pela naturalização da noção de propriedade (seja ela privada ou estatal) e pretende funcionar como um ponto de desaceleração e contato com camadas discretas da cidade, tais como o som e imagem de uma ave alimentando-se. O objetivo dos artistas é criar uma metáfora imanente do livre viver.

Exposicao 6
Luciana Ohira e Sérgio Bonilha
Origem: Brasil

Sobre os Autores

Luciana Ohira (São Paulo, 1983) e Sergio Bonilha (São Paulo, 1976) são graduados em Artes Visuais e têm mestrado em Poéticas Visuais pela Universidade de São Paulo. Sérgio tem doutorado em Poéticas Visuais, também pela Universidade de São Paulo, e leciona desde 2016 na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Luciana Ohira (São Paulo, 1983) y Sergio Bonilha (São Paulo, 1976) son graduados en Artes Visuales y maestros en Poéticas Visuales por la Universidad de São Paulo. Sérgio tiene doctorado en Poéticas Visuales, también por la Universidad de São Paulo, y enseña desde 2016 en la Universidad Federal de Mato Grosso do Sul.

Luciana Ohira (São Paulo, 1983) and Sergio Bonilha (São Paulo, 1976) are graduated in Visual Arts and MFA in Visual Poetry from the University of São Paulo. Sérgio has a doctorate in Visual Poetry, also from the University of São Paulo, and has been teaching, since 2016, at the Federal University of Mato Grosso do Sul.

Estrelas no Deserto

Sobre a Obra

A obra apresenta um trabalho de co-criação do documentário em realidade virtual “Estrelas do Deserto”, que busca, por meio da divulgação da cosmovisão do povo saaraui, denunciar a situação de refúgio dessa população do Saara Ocidental desde 1975. Assim, o usuário será transportado ao universo virtual imersivo (360) da obra e dos depoimentos, em um pátio circular localizado em um dos campos de refugiados, sob uma linda noite com céu estrelado. Na sua frente, estará uma mulher saaraui, vestindo sua Melfa, preparando um chá. Ela, então, começa a contar lendas e contos sobre a cosmovisão saaraui, vinculando essas histórias à situação política e social na qual os refugiados estão submetidos desde 1975.

Exposicao 7
Felipe Carrelli
Origem: Brasil

Sobre o Autor

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Mídias Criativas (PPGMC / UFRJ) e co-coordenador do projeto de divulgação científica GalileoMobile, Felipe Carrelli é graduado em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar -2010) e especialista em Divulgação e Popularização da Ciência (Fiocruz – 2019). Tem experiência na área de Audiovisual com ênfase em documentário. Dirigiu e editou três documentários de longas-metragem: Ano-Luz (2015), Leila (2016) e Feijão (2018). Também atuou como editor-chefe nas produtoras Filmes para Bailar (São Paulo, 2011 – 2014) e Grão Filmes (São Paulo, 2015), além de diretor e editor na MATV (Montréal, 2016).

Maestría (a completar) del Programa de Postgrado en Medios Creativos (PPGMC/UFRJ) y uno de los coordinadores del proyecto de divulgación científica GalileoMobile, Felipe Carrelli es graduado en Imagen y Sonido por la Universidad Federal de São Carlos (UFSCar -2010) y especialista en Divulgación y Popularización de la Ciencia (Fiocruz – 2019). Tiene experiencia en el área Audiovisual con énfasis en documentario. Dirigió y editó tres documentarios de largo metraje: “Ano-Luz” (2015), “Leila” (2016) y “Feijão” (2018). También actuó como editor-jefe en las productoras Filmes para Bailar (São Paulo, 2011 – 2014) y Grão Filmes (São Paulo, 2015), y como director y editor en la MATV (Montréal, 2016).

Mastering under the Graduate Program in Creative Media of the Federal University of Rio de Janeiro (PPGMC/UFRJ) and co-coordinator of the popular science project named GalileoMobile, Felipe Carrelli graduated in Image and Sound from the Federal University of São Carlos (UFSCar -2010) and specialized in Popular Science (Fiocruz – 2019). He is experienced in Audiovisual Arts, with emphasis on documentaries. He directed and edited three feature-length documentaries: Ano-Luz (Light Year), in 2015, Leila, in 2016, and Feijão (Beans), in 2018.  He also worked as editor-in-chief in film production for Filmes para Bailar (São Paulo, 2011 – 2014) and Grão Filmes (São Paulo, 2015), and was director and editor at MATV (Montreal, 2016).

Emancipacíon Microbiana

Sobre a Obra

A obra Emancipación Microbiana pretende tornar visível a relação profunda entre humanos e bactérias. Uma bactéria ancestral engolida por um micro-organismo foi capaz de sobreviver em simbiose, fornecendo ao hospedeiro energia e genes úteis, transformando-se em mitocôndrias. Na obra de Maro Pebo, as mitocôndrias são extraídas das células da artista e exibidas ao público em um receptáculo de admiração. A mitocôndria fora do organismo não consegue sobreviver por conta própria, o que prova nossa relação profunda com os micro-organismos. Em torno do relicário, um vídeo mostra o processo de simbiogênese, liberação e sacrifício da mitocôndria. A artista deseja enquadrar e visualizar o fato bem conhecido de que nosso relacionamento com os micro-organismos é mais profundo. As bactérias não estão apenas em toda parte, mas também de alguma forma, dentro. A vida animal e vegetal é possível graças a essa relação profundamente íntima.

Exposicao 8
Maro Pebo
Origem: México

Sobre a Autora

Nascida na Cidade do México, Mariana Pérez Bobadilla é uma historiadora de arte e bióloga DIY, que se preocupa com as interseções entre arte, ciência e tecnologia. Ela recebeu uma Bolsa Erasmus Mundus para fazer um Mestrado em Estudos de Gênero na Universidade de Bolonha, Itália, pesquisando Epistemologia Feminista e Arte Contemporânea. Apresentou seu trabalho no ISEA, 2012, e esteve envolvida no Pavilhão Mexicano da 56ª Bienal de Veneza. Sua formação acadêmica inclui cursos com Rosi Braidotti, Magali Arreola e o curso de curadores internacionais da Bienal de Arte de Gwangju, 2014, na Coreia do Sul. Concedida pelo Hong Kong PhD Fellowship Scheme, sua pesquisa na School of Creative Media gira em torno de Arte e Biologia, Epistemologia, História da Ciência, histórias de representação em tempos profundos, Novo Materialismo, Biohacking, Wetware e bactérias. A obsessão de Maro Pebo são bactérias e outros micro-organismos e seu interesse é na tradução do discurso acadêmico em experiências reflexivas. Sua preocupação particular é produzir discurso sobre as (bio) tecnologias que moldam a vida das pessoas.

Maestría (a completar) del Programa de Postgrado en Medios Creativos (PPGMC/UFRJ) y uno de los coordinadores del proyecto de divulgación científica GalileoMobile, Felipe Carrelli es graduado en Imagen y Sonido por la Universidad Federal de São Carlos (UFSCar -2010) y especialista en Divulgación y Popularización de la Ciencia (Fiocruz – 2019). Tiene experiencia en el área Audiovisual con énfasis en documentario. Dirigió y editó tres documentarios de largo metraje: “Ano-Luz” (2015), “Leila” (2016) y “Feijão” (2018). También actuó como editor-jefe en las productoras Filmes para Bailar (São Paulo, 2011 – 2014) y Grão Filmes (São Paulo, 2015), y como director y editor en la MATV (Montréal, 2016).

Born in Mexico City, Mariana Pérez Bobadilla is an Art Historian and DIY Biologist concerned with the intersections between Art, Science and Technology. She received an Erasmus Mundus scholarship for her Master’s in Gender Studies at the University of Bologna, Italy, researching Feminist Epistemology and Contemporary Art. She presented her work at ISEA, in 2012, and was involved in the Mexican Pavillion of the 56th Venice Biennale. Her academic background includes courses with Rosi Braidotti, Magali Arreola and the international curator’s course of the 2014 Gwangju Art Biennale, in South Korea. Awarded by the Hong Kong PhD Fellowship Scheme, her research in the School of Creative Media revolves around Art and Biology, Epistemology, History of Science, deep time stories of representation, New Materialism, Biohacking, Wetware and bacteria. Maro Pebo’s obsession is bacteria and other microorganisms and her interest is in the translation of the academic discourse into reflexive experiences. Her particular concern is to produce a discourse on (bio) technologies that mold people’s lives.

Parcerias: projeto realizado em colaboração com Malitzin Cortes e Yun W Lam, e com suporte da bolsa PAPIAM do Centro Multimedia CENART (México).

Asociaciones: proyecto realizado en colaboración con Malitzin Cortes y Yun W Lam, y apoyado por la beca PAPIAM del Centro Multimedia CENART (México)

Partnerships: project carried out in collaboration with Malitzin Cortes and Yun W Lam, and supported by the PAPIAM grant from the Centro Multimedia CENART (Mexico)

PARCEIROS

Parceiros do Edital CoMciência - Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia

MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal

Exposicao 9

FAD (Festival de Arte Digital) é um encontro de novas tendências das artes tecnológicas. Desde 2007, o Festival de Arte Digital vem difundindo os temas da Arte através de Novas Tecnologias. Neste período, o FAD foi premiado duas vezes nacionalmente pelo Ministério da Cultura sobre a exploração inventiva de novas tecnologias no campo da arte e da comunicação. Em 2018, realizou especialmente a primeira edição da Bienal de Arte Digital, com o tema “Linguagens Híbridas”, reforçando a reflexão sobre as aproximações entre arte, ciência e tecnologia, e com a missão de, a cada dois anos, valorizar o pensamento crítico sobre os processos digitais e tecnológicos da vida e na arte.

Exposicao 10

A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) é uma instituição que apoia e viabiliza projetos da UFMG e outros importantes centros acadêmicos e científicos do Brasil. Alinhada às tendências internacionais da economia do conhecimento, a Fundep é vanguarda na transformação dos saberes gerados nas universidades em produtos e serviços para o mercado. Foi a primeira Fundação de Apoio a criar uma agência para identificar, investir e desenvolver negócios inovadores de origem acadêmica – a Fundepar. Também atua há 16 edições pré-acelerando negócios com o Programa Lemonade (17a. do mundo em número de startups) e o OutLab, conectando a academia aos ambientes de negócios e inovação. No Edital CoMciência – Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia de 2020, a Fundep é parceira na divulgação da oportunidade a pesquisadores das áreas de arte, ciência e tecnologia e ao mercado, que assim como nós, valoriza as formas de expressão como estímulos à inspiração, criatividade e memória da potência que é a arte brasileira.

Exposicao 11

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG – é a agência responsável por induzir e fomentar a pesquisa e a inovação científica e tecnológica em território mineiro. Isso é feito por meio do financiamento de projetos de pesquisa, concessão de bolsas, parcerias internacionais, dentre outros. A divulgação do conhecimento para toda a população também está entre suas diretrizes, o que é feito por meio de projetos próprios e de parcerias, que envolvem diversos canais e linguagens. Conheça mais sobre a FAPEMIG em www.fapemig.br.

Exposicao 12

A Tecnosys é um centro autorizado multimarcas que fornece serviços de assistência técnica para os mais variados tipos de equipamentos de informática e entretenimento. Desde 1989, atua nos mercados de Outsourcing de T.I. e representa algumas das maiores marcas de tecnologia que são referências em seus segmentos. É destaque em manutenção e venda de equipamentos de TI, administração de redes, outsourcing de TI, impressão corporativa e serviços em nuvem.

Exposicao 13

A Escola de Música presta serviços à sociedade mineira e brasileira desde 1925, formando recursos humanos e produzindo conhecimento na área de música. A Escola de Música oferece cursos em três níveis: Graduação, Pós-Graduação e Extensão. O Curso de Graduação oferece duas modalidades, o Bacharelado e a Licenciatura. Na Pós Graduação são oferecidos o Mestrado, Especialização e Doutorado. Na Extensão são oferecidos diversos cursos, alguns já estabelecidos e com caráter permanente e outros que são ofertados eventualmente. Além das atividades de ensino, toda a comunidade da Escola de Música está envolvida na produção acadêmica, seja na pesquisa, na produção artística ou em projetos de extensão. São realizados concertos e recitais de professores, músicos (funcionários), estudantes e dos grupos musicais da Escola, além de gravações de CDs, publicações diversas nas revistas da Unidade e em outros periódicos, dentre outras atividades.

Exposicao 14
Desde 1995 a ZBM é tecnologia avançada e excelência na prestação de serviços de áudio, iluminação e videoprojeção em eventos sociais, culturais e corporativos.

FICHA TÉCNICA

Realização: MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.
Patrocínio: Gerdau
Apoio: CBMM

Direção: Márcia Guimarães
Curadoria: Alexandre Milagres e Tadeus Mucelli
Museologia: Carlos Jotta
Técnicos de Museografia: Adson Júnior e Leonardo Miranda
Assistente de Museologia: Samara Asevedo
Coordenação de TI: Alexandre Livino
Coordenação do Educativo: Suely Monteiro
Coordenação de Programação: Alexandre Milagres
Coordenação do Programa CoMciência: Marina Andrade
Coordenação de Inclusão e Acessibilidade: Luciana Cajado
Coordenação de Comunicação: Paola Oliveira
Design Gráfico: Ana Paula Andrade
Assessoria de Imprensa: A Dupla Informação
Assessoria Digital: Sal Estúdio Criativo
Vídeos e edição: Lucas D’Ambrósio
Intérpretes de LIBRAS: Guilherme Borges e Luana Trindade
Ambiente e Exposição Virtual (Arte & Programação): Ricardo Palmiere e Henrique Roscoe
Desenvolvimento Website CoMciência: Adapta Online
Parceiros: FAD, FAPEMIG, FUNDEP, Museu Mineiro, Escola de Música da UFMG, Tecnosys, ZBM Som e Luz